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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ensino ou Aprendizagem

Passamos anos estudando e memorizando sem aprender muito.
Quanto lembramos das matérias estudadas na escola ou na Universidade?
A verdade é que muito pouco. Por quê?
  • Para nossa mente só interessa a informação útil.
A maioria das escolas baseiam seus métodos de ensino na memorização e nos testes. Infelizmente, esses métodos são métodos de ensino, não de aprendizagem. Se somos ainda mais precisos, percebemos que lembramos com mais facilidade daqueles conhecimentos que tenhamos expressado de alguma forma: seja em conversas, em discursos, ou em nossos próprios pensamentos. Por quê? Porque a mente é muito prática e gasta sua energia e seu esforço em armazenar somente aqueles dados que considera úteis. Todos os demais dados também são armazenados, porém, em um "depósito", onde acabam por ser relegados ao esquecimento. Se nossa mente não atuasse desta forma estaria eternamente sobrecarregada de informação, e não teria “espaço” para pensar.
  • Refletir transforma a informação em conhecimento.
Para converter qualquer peça de informação nova em conhecimento, temos que ativar um processo de reflexão. Pensar é a capacidade de utilizar dados, através de processos de síntese, analogia e dedução, para gerar uma nova informação que permite resolver problemas. Os novos dados gerados constituem nova informação útil  que fica arquivada em uma espécie de "sistema operativo". Quanto mais dados novos se incorporem a este "sistema operativo" maior será sua capacidade e a qualidade do seu rendimento. Por essa razão quanto mais utilizamos nossa mente para pensar, mais inteligentes nos tornamos. Funciona igual a um músculo.
  • Como converter dados em arquivos mentais úteis e permanentes.
Qualquer dado novo percebido é armazenado inicialmente em uma memória temporária. Então podemos decidir transladá-lo à memória permanente, e fixá-lo aí criando vínculos emocionais, atalhos lógicos ou aplicações à prática. Estas relações associativas ajudam a mente a rastrear e resgatar os dados processados, que de outra maneira acabariam perdidos, ou seja, esquecidos. Sobrecarregar a memória permanente com grandes quantidades de informação, sem estabelecer fortes relações associativas de dados, conduz a um arquivo mental desordenado e frágil. A informação arquivada desta maneira será complexa de rastrear e de recuperar, em outras palavras, muito difícil de relembrar. Portanto não se trata de quanto estudamos, e sim o que, e como estudamos.
  • É possível incrementar a capacidade da nossa mente?
A resposta não é tão simples. Por um lado devem ser geradas novas estruturas  mentais que permitam processar e armazenar novas fontes de nova informação útil. Estes novos atalhos mentais são gerados com a soma de fortes relações associativas de dados, como explicado antes. Por outro lado, é a intensidade e a frequência com que sejam processadas as novas fontes de dados, por estas recém criadas estruturas, o que fixará definitivamente um nível mais alto de capacidade mental.
  • Como funciona a pedagogia da BIU?
O segredo do êxito da aprendizagem reside no tipo de processo mental produzido quando extraímos informação de um texto, e em como temos que reprocessar e expressar tal informação para dar-lhe um formato de trabalho escrito. O estudo se torna um fenômeno ativo, que promove a compreensão (leitura e seleção de dados), novas estruturas mentais (inter-relação e hierarquia de conceitos) e a transformação de inputs (reorganização e expressão escrita de dados). As novas estruturas de pensamento adquiridas não dependem da clássica memorização, e contribuem para incrementar nossa capacidade de raciocínio e de resolução de problemas. Esta melhora intelectual é contínua e permanente.

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